A Caixa Econômica Federal (CEF) lançou oficialmente nesta terça-feira, 11, o negócio de empréstimo salarial do Auxílio Brasil. Em entrevista coletiva na sede do Banco Brasília, a governadora em exercício Danielle Calazans destacou que o negócio se concentraria no crédito consciente e criticaria a vulnerabilidade de seu público-alvo.
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A Caixa cobrará juros mensais de 3,45% sobre o empréstimo salarial Auxílio Brasil. Margem alocável, que é um desconto sobre o valor do benefício, de até 40%, com parcela mínima mensal de R$ 15. A presidente da Caixa, Daniella Marques, está nos Estados Unidos para uma reunião do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
A Caixa é um dos 12 bancos credenciados pelo Ministério da Cidadania para operar linhas de crédito e o único dos cinco maiores bancos do país. Dada a situação financeira dos beneficiários do programa social, outros têm pouco interesse na operação e são considerados de alto risco.
Na semana passada, Marques disse que a Caixa usaria o empréstimo consignado para conscientizar os clientes endividados de linhas mais caras sobre a possibilidade de trocar uma dívida por outra. Por exemplo, o banco permitirá que os recursos da linha sejam utilizados para quitar dívidas no esquema Você no Azul anunciado na semana passada para renegociação de dívidas, que dará descontos de até 90%, dependendo do cliente e do perfil do cliente. dívida.
De acordo com o Banco Público, o Auxílio conta atualmente com 21,1 milhões de famílias beneficiárias, mas a autorização de empréstimos está condicionada. Desde que seja recebido há mais de 90 dias, o líder do benefício pode firmar um contrato de crédito. Além disso, o beneficiário não pode deixar de comparecer a uma intimação da Secretaria de Cidadania (se convocada).
O desembolso dos créditos ocorre no mesmo dia em que Auxílio Brasil e Auxílio Gás (referente a outubro) iniciam o desembolso e poucas semanas antes do segundo turno das eleições presidenciais. Esses benefícios são esperados este mês. Originalmente, a transferência de Auxílio Brasil terminaria no dia 31, mas agora termina no dia 25, cinco dias antes do segundo turno das eleições.
As medidas fazem parte de uma aposta do presidente da República Jair Bolsonaro (PL) para conquistar o apoio de grupos de baixa renda, menos dispostos a votar do que seu rival, o ex-presidente da República Luís Inácio Lula da Silva.
