Financiamento imobiliário deve aumentar em 2021 e as taxas de juros dos últimos meses serão muito baixas; verifique preços
Mesmo alta da Selic – a maior dos últimos seis anos, chegando a 2,75% ao ano – não deve afetar o pico dos financiamentos imobiliários em 2021
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O financiamento imobiliário deve continuar crescendo em 2021. O setor deve arrecadar cerca de 157 bilhões de reais, 27% superior aos 123,9 bilhões de reais em 2020. Esses cálculos são realizados pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), que é uma das instituições do mercado financeiro nacional.
Mesmo a alta da Selic – a maior dos últimos seis anos, atingindo 2,75% ao ano – não deve afetar o pico da indústria. Pelo contrário: segundo Cristiane Portella, presidente da Abecip, esse tipo de cena é perfeita para casa própria em entrevista ao G1. A resposta está na previsão da taxa de juros: ainda há espaço para aumento da tributação futura.
“Os juros podem aumentar, mas não faz muito sentido as pessoas revisarem seus planos. Em 2017, a alíquota era de 11%. Hoje são 6,8%. Há uma lacuna enorme”.
O acompanhamento da variação da taxa Selic é importante para o crédito imobiliário porque o índice afeta o valor final repassado aos compradores. Quando a Selic cai, as instituições financeiras tendem a converter parte do corte da taxa básica de juros em contratos. Isso leva a pagamentos parcelados mais suaves, o que abre oportunidades de negociação para mais pessoas.
Valores
Além disso, segundo a Abecip, desde o final do ano passado, os valores imobiliários no Brasil desaceleraram. Estimativas do Índice Composto do Mercado Imobiliário Residencial (IGMI-R / ABECIP) indicam que as variações acumuladas estão desacelerando. Até fevereiro, o indicador cresceu apenas 9,17% em 12 meses. O índice é inferior ao registrado em janeiro, quando a alta acumulada foi de 9,60%.
A queda nos preços dos imóveis residenciais pode continuar ao longo do ano. Na avaliação da Abecip, o menor preço vai depender do andamento do programa de imunização. Isso ocorre porque, à medida que a pandemia se agrava, as medidas de quarentena geralmente não conduzem à atividade econômica e ao mercado de trabalho.
Encontre a melhor taxa de juros para financiamento imobiliário em 2021
O G1 fez um levantamento das melhores taxas de financiamento do Brasil. Veja qual cabe melhor no seu bolso.
Banco | SFH (Sistema Financeiro Habitacional) | Carta de crédito | Limite de financiamento |
Caixa (TR) | a partir de 6,5% ao ano + TR | a partir de 6,5% ao ano + TR | Até 80% do valor do imóvel |
Caixa (IPCA) | a partir de 2,95% ao ano + IPCA | a partir de 2,95% ao ano + IPCA | Até 80% do valor do imóvel |
Caixa (Fixa) | A partir de 8% | A partir de 8% | Até 80% do valor do imóvel |
Caixa (Poupança) | a partir de 3,35% + TR + 1,4% (segue variação Selic) | a partir de 3,35% + TR + 1,4% (segue variação Selic) | Até 80% do valor do imóvel |
Banco do Brasil | a partir de 6,39% ao ano + TR | a partir de 6,39% ao ano + TR | Até 80% do valor do imóvel |
Itaú Unibanco (TR) | a partir de 6,90% ao ano + TR | a partir de 6,90% ao ano + TR | Até 90% do valor do imóvel |
Itaú Unibanco (Poupança) | 5,39% ao ano (variação com base na Selic) | 5,39% ao ano (variação com base na Selic) | Até 90% do valor do imóvel |
Bradesco (TR) | 6,79% ao ano + TR | 6,79% ao ano + TR | Até 80% do valor do imóvel |
Bradesco (Poupança) | 3,99% ao ano + 1,4% (variação de acordo com a Selic) + TR | 3,99% ao ano + 1,4% (variação de acordo com a Selic) + TR | Até 80% do valor do imóvel |
Santander | a partir de 6,99% ao ano + TR | a partir de 6,99% ao ano + TR | Até 80% do valor do imóvel |
Publicado em: 19 de julho de 2021
Pedro Ribeiro
Especialista em crédito e benefícios sociais. Antes de mais nada, apaixonado por tecnologia! Bacharelado em Comunicação Social (Publicidade e Propaganda) e MBA em Gestão de Negócios.